segunda-feira, 28 de julho de 2014

Observações à margem de uma paródia da Copa no Brasil


                                       
                                  Cunha e Silva Filho



   O Brasil, país do futebol, enfrenta uma ressaca. Não se  refez ainda  do massacre da Alemanha. Nosso futebol  está cabisbaixo, encolhido,  sem alma. Nos iutubis da vida,  vemos  vídeos até  de uma encenação paródica   de uma  reunião de Hitler com seus comandados, com toda aquela fisionomia  germânica dando  espinafração nos seus  técnicos sobre o resultado  do jogo  da Alemanha com o  Brasil.  O Füher não aceitava  que a Alemanha  tivesse vencido,  pois  queria que, no final,  jogassem o Brasil e a Argentina. O Brasil tinha gasto  bilhões para que as coisas saíssem conforme a sua vontade, segundo o apalavrado...
Hitler disparou  palavrões por toda a parte diante  do silêncio  amedrontado  de seus subordinados.Suas pretensões deram  errado.O que  queria mesmo era ver  o Brasil  perder para a Argentina. E, segundo ele,  perder para  esta  seria um  tristeza  maior do que reeleger  a Dilma  Rousseff...
Mas,  houve  o desvio de percurso do Neymar, que aumentou mais  a indignação  de Hitler. Mas, qual nada: Tudo,  como disse,  deu  errado. Todos  o  jogadores fizeram  o contrário do que se esperava, do que fora combinado. O técnico, o Neymar,  o Fred, o Hulk. E os alemães, idem.
Por mais que a Alemanha  não quisesse, conforme  era o combinado,  mais  ganhava do Brasil,  numa goleada infernal. Hitler, apoplético,  com a voz  gutural  e  esganiçada,   soltava  palavrões para todos os cantos. E ainda lamentava: “Não vai o Brasil  ter mais o seu   feriadão prolongado mergulhado  na pândega,  no carnaval e no samba caso  ganhasse  a Copa.
O que  Hitler queria   mesmo  era ver o circo pegar fogo.Para ele,   o Brasil  não funcionava  mesmo: na educação,  na saúde, nos transportes.Devia  milhões e o povo é que ia pagar o pato. Com toda essa desgraça, o pais ainda  festejava a Copa e até os alemães!
O mais divertido  é quando Hitler,  referindo-se ao time  alemão,   chega a um  ponto  hilário  de  lamentar por que um jogador alemão  não  fizera um  gol contra e deixasse a zaga “espalhada”...
Dizia e repetia o  Füher: “Não era para ganharmos.”  Palavrôes.O que  queríamos mesmo era  desprestigiar um país cheio de tantos erros, de  corrupção,  de só querer saber de futebol.
Agora,  que tudo  está consumado,   já nos vem  a campanha  presidencial. Expulsamos  o Felipão e sua equipe, com exceção de um  componente que, me parece,   vai ser mantido  com o novo  coach  brasileiro, o taciturno  Dunga.
A campanha  para a  Presidência promete ser dura   e, ao que tudo  indica,  vai ser   acirrada. Não vai ficar pedra sobre  pedra. O PT não vai  querer deixar  o osso, ou melhor,  o filet  mignon do poder  e do  mandar. Mas, que vai ser  acirrada, não tenha  dúvida. A roupa lavada de parte a parte não  vai ser lavada em casa, mas no microfone,  nos comícios,   nos palanques, nos debates de canais de televisão,  e as  discussões de   temas candentes  sobre  graves questões nacionais   vão incrementar  e elevar o tom  dos  competidores.
Desta vez,  há uma força poderosa que se vai  colocar em ação:  as redes sociais, à frente o Facebook,   os blogs,  os iutubis, afora os  tradicionais   meios  de  comunicação, o rádio,  o jornal,  a televisão,  o paródico  “Propaganda Eleitoral,” dando a fatia  maior  aos donos  do poder.
Já no momento   as redes sociais  estão pegando  fogo, os e-mails  cheios de  comunicações,   em geral  contra o governo Desta vez,   as campanhas sofrerão  os desdobramentos  das manifestações  que houve, pacíficas  ou violentas.
"Pra frente,  Brasil",  que  a Copa, agora,  são as urnas e os que  convencerem  o povo,  que é infelizmente, tão dividido, terão  assento  na Presidência,  no Senado e nos governos  estaduais. Desta vez,  pouco espaço vai sobrar para mistificações  e alegações de que  um candidato  não possui  televisão porque não teve ainda dinheiro  para comprá-la.


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