terça-feira, 1 de março de 2011

Tradução de uma fábula de La Fontaine (1621-1695)

Le coche et la mouche


Dans um chemin montant, sablonneux, malaisé,
Et de tous les côtés au soleil exposé,
Six cheveusex tiraient um coche.
Femmes, moines, vieillards, tout était descendu:
L’attelage suait, sufflait, était rendu.
Um mouche survient par so bourdonnement,
Pique l’un, pique l’autre et pese à tout moment.
Que’elle fait allair la machine;
S’assied sur le timon, sur le nez du cocher.
Aussitôt que le char chemine,
Et que’elle voit les gens masrcher,
Elle s’en attribute uniquqement la gloire,
Va, vient, fait l’empressée; il semble que ce soit
Um sergent de bataille allant em chaque endroit
Faire avancer ses gens ses gens et hater la victoire.
La mouche, en ce common besoin,
Se plaint que’elle aagit seule, et que’elle a tout le soin,
Qu’aucun n’aide aux cheveux à tirer d’affaire.
Le moine disait son bréviere.
Il prenait bien son temps! Une femme chantait:
C’était bien de chansons qu’alors il agissait”
Dame mouche s’en va chanter à leurs oreilles,
Et fait cent sottises pareilles.
Après bien du travail, le coche arrive au haut.
Respirons, maintenant! Dit la mouche aussitôt:
J’ai tant fait que nos gens sont enfin dans la plaine.
Çà! Messieurs les cheveux, payez-moi de ma peine.
Ainsi certaines gens, faisant les empressés,
S’introduisent dans les affaires:
Ils dfont partout les necessaries,
Et partout importuns, devraient être chasses.


O coche e a mosca

Subindo por um arenoso, árduo caminho
Ao sol exposto por todos os lados,
Puxavam um coche seis robustos cavalos.
Mulheres, monges, velhos, dele haviam apeado.
Suava, ofegava, fatigava-se a parelha de cavalos.
Surge, de repente, uma mosca e dos cavalos se aproxima,
Pica um , pica outro e na hora imagina
Tenha ajudado o veiculo a subir;
Na boleia toma assento, no nariz do cocheiro pousa;
Assim que se move a carruagem,
Observa que as pessoas, lá dentro, instaladas estão,
A si exclusivamente o grande feito atribui,
Solidária, vai , vem, até parece
De batalha um sargento deslocando-se a lugares diferentes
Com o fim de, ao liderar os companheiros, antecipar a vitória.
Nesta situação de comum necessidade, a mosca
Alega que, sozinha, fez tudo, que de todos cuidados
E que ninguém a ajudou a livrarem os cavalos da encrenca.
No breviário rezava o monge.
Este, sim, do tempo bom proveito tirou ! cantarolou uma mulher:
De muitas canções precisaria para que também algo fizesse!
Se retirou Dona mosca e, nos ouvidos de todos, zumbir foi,
Além de contar cem parvoíces iguais
Aos tremendo esforço, o coche chega no alto.
Agora, respiremos! Diz a mosca?
De tudo fiz para que todos a planície, enfim, alcançassem.
È isso mesmo! Senhores cavalos, recompensa mereço agora
Desta forma, algumas pessoas, posando de prestativas,
Se intrometem onde não são chamadas:
Mostram serviços por toda parte,
E, por toda parte, por importunas, expulsão mereceriam.

(Tradução de Cunha e Silva Filho)

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