sábado, 25 de setembro de 2010

Um poema de François Coppée (1842-1908)

AOÛT

Par les branches desordenées,
Le coin d’étang est abrité,
Et là poussent en liberté,
Campanules et graminées.

Caché par le tronc d’un sapin,
J’y vais voir, quand midi flamboie,
Les petits oiseaux pleins de joie
Se livrer au plaisir du bain.

Aussi vifs que des étincelles,
Ils sautillent de l’onde au sol,
Et l’eau, quand ils prennent leur vol,
Tombe en diamants de leurrs ailes.

Mais mon coeur, lassé de souffrir,
Em les admirent les envie,
Eux qui ne savent de la vie
Que chanter, aimer et mourir!


AGOSTO


Pelos desordenados ramos,
Do lago o canto protegido está,
E, ali, livres, brotam
Campânulas e gramíneas.

Pelo tronco de um abeto ocultas ,
Quando chameja meio dia, ali vejo
Em incontida alegria as avezinhas
Do banho ao prazer se entregar.

Tão vivas quanto centelhas,
Da água ao solo saltitam,
E, quando voo levantam, a água,
Qual diamantes, de suas asas cai.

Cansado de sofrer, contudo, meu coração
Quanto mais as inveja tanto mais as admira,
A elas que da vida nada sabem
Senão cantar, amar e morrer!


(Tradução de Cunha e Silva Filho)

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